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Alimentação anti-inflamatória - análise de estudo e comentários


Antes, entenda, quando falamos de inflamação nesta perspectiva, o que isto significa. Aqui, trago trechos de um estudo que li recentemente e comentários a respeito. Meus comentários estão, majoritariamente, entre parênteses:

A inflamação sistêmica (ou seja, envolve vários sistemas) crônica de baixo grau é uma característica presente no desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares. É caracterizada por um aumento de duas a três vezes nas concentrações de citocinas (traduzindo, substâncias que têm potencial inflamatório) na corrente sanguínea.


As origens da inflamação sistêmica de baixo grau são multifatoriais (envolvem vários fatores) e frequentemente decorrem da disfunção metabólica do tecido induzida pela obesidade (ou seja, a obesidade é um dos fatores frequentemente associados) e/ou da falha das células imunes em melhorar adequadamente as respostas pró-inflamatórias.

 

A ingestão alimentar modula a inflamação e representa um alvo terapêutico eficaz e promissor para reduzir a disfunção metabólica e o risco de doença crônica.


Traduzindo: a alimentação é reconhecida como um fator que influencia a inflamação, risco de doenças e que precisa ser levado em consideração.

 

Fatores já conhecidos, mas trazendo com clareza, que influenciam este quadro postiva ou negativamente:

  • Padrões alimentares de estilo ocidental que são ricos em carboidratos refinados (farinha branca e açúcar), sódio e ácidos graxos trans e saturados (SFA) também foram associados a níveis mais altos de marcadores inflamatórios, que por sua vez aumentam o risco de DCV (doença cardiovascular).

(sódio pode ser sal, tempero completo e presente em alimentos industrializados; os trans estão descritos nos industrializados, não só na tabela nutricional, mas é preciso ler a lista de ingredientes; os saturados pode-se identificar como excesso de gordura principalmente animal e frituras).

 

  • Padrões alimentares de estilo mediterrâneo que são ricos em fibras, proteína magra, monoinsaturados (MUFA) e ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (PUFA) são anti-inflamatórios e cardioprotetores (o estilo de alimentação mediterrânea é um dos que aplico em meu tratamento, um dos alimentos-chave nesta alimentação é o azeite de oliva extra-virgem).

 

Resumo do que identifiquei no estudo:

- Mudanças na qualidade da alimentação foram inclusive associadas com a expressão GENÉTICA (genética não é destino).


- Já existe um Índice Inflamatório de dieta VALIDADO, o DII. “Uma dieta pró-inflamatória (com base no DII) está associada ao aumento da mortalidade por todas as causas, de acordo com um relatório recente de dois grandes estudos de coorte europeus, os ensaios SUN e PREDIMED”.


- Em 2018 foi feita uma a associação do índice citado acima com sintomas depressivos, sugerindo uma relação entre o potencial inflamatório da dieta e a depressão.


- Existe uma complexidade de como o mesmo alimento (e se estende à mesma alimentação/recomendação) pode afetar os indivíduos de forma diferente. Daí a importância de você procurar um bom profissional que tenha este olhar e não enxergue todos com a mesma lente, saiba observar e relacionar detalhes de forma criteriosa


- Está bem estabelecido que a circunferência da cintura está associada à PCR (proteína C reativa – marcador inflamatório) e que a redução da gordura corporal melhora a inflamação de baixo grau. De fato, estudos relatando uma melhora na inflamação com dieta tiveram participantes perdendo peso, o que pode ter sido motivado pela redução da massa e função do tecido adiposo.


- Existe uma limitação em estudos que avaliam alimentação comparado com, por exemplo, medicamento: com alimentação não é possível sempre fazer o “efeito placebo”, que seria: tomar uma cápsula que não tem efeito algum. Afinal, a alimentação e estilo de vida envolvem vários hábitos que dificilmente conseguimos inserir sem saber exatamente o que estamos fazendo, além da dificuldade também do controle dos mesmos. Portanto, no que concerne a estudos envolvendo alimentação/nutrição sempre existirá uma lacuna que devemos reconhecer ao comparar com estudos envolvendo medicação. São duas linhas totalmente diferentes tanto em sua aplicação quanto em seus resultados.

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O que diferencia o bom profissional é saber interpretar, identificar o potencial e saber diferenciar o risco X benefício de cada prática. Afinal, qual o risco de se alimentar melhor e reduzir os industrializados? 

Reflita.




 
 
 

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